quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Medo de fotógrafo

Cá estou eu, mais uma vez, para falar de fotografia. Eu acho que eu só estava esperando começar pra poder  soltar tudo o que a minha pobre mente pensa a respeito disso.

Enfim, vamos ao que interessa!
Esta semana eu enveredei em mais uma ocasião propícia à prática de tal hobby: um aniversário de criança. Pra quê ocasião melhor para fotografar crianças sem ter que ficar preocupada se alguém vai achar ruim ou em pedir autorização para os pais? Fui convidada para a festinha, levei minha humilde câmera e, como eu queria fotografar a decoração, que teve um toque de Menina Cereja (olha eu fazendo propaganda de novo), aproveitei para brincar com o modo manual da câmera.

Tirei algumas fotos bem bacaninhas, na medida do MEU possível, mas sofri um pouco de constrangimento ao atacar de fotógrafa. Primeiro, eu brilhantemente fui de vestido; aí fica só meio complicado de se abaixar ou tirar fotos com perspectiva de baixo. Mas até aí, tudo bem. A parte meio tensa foi o fotógrafo contratado me encarando. Assim, tudo bem que eu tava com uma câmera profissional (de amador, mas profissional), maaaas... eu estava com uma mísera lente de 58mm e com o flash da câmera. Eu poderia ser confundida, NO MÁXIMO, com os paparazzi das novelas da globo - nunca vi paparazzi sem lente descente ou, no mínimo, um flash descente.
Tudo bem, também, que quem faz boas fotos é o fotógrafo e não a câmera. Daí eu apresento outro ponto: cheguei atrasada, demorei um tempão para tirar a câmera da bolsa e não estava seguindo a aniversariante nem os familiares. Tava só "brincando". Mas depois de umas boas encaradas, eu meio que fiquei com medo de apanhar e guardei minha pobre câmera.
Só não sei pra quê essa preocupação: ele já num tinha sido contratado?

Enfim, mesmo com essa pequena paranoia, eu consegui tirar umas fotos bacaninhas e eu vou postar um pouquinho aqui. É isso!

O tema do aniversário foi corujas; o suficiente para eu já gostar logo de cara.
Lembrancinha dos adultos.
Enfeite centro de mesa: um abajur.
Chegou a hora de apagar as velinhas!
Hora da mamãe Miriam entregar as lembrancinhas.
Maria Luiza, a aniversariante, comendo uma corujinha de chocolate. Muito fofa!
Uma das lembrancinhas das crianças: uma sacolinha.
E o que tem dentro? 
Um papai passeando com sua neném.
O pula-pula em forma de crocodilo
Por último, e não menos importantes, as babás.


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PS: Preciso criar uma logo/marca d'água para colocar nas minhas fotos, né? Já que eu tenho um trabalhinho para fotografar, selecionar e editar, não custa nada eu também me passar.

domingo, 12 de agosto de 2012

Feira da Fotografia de Fortaleza

A minha mais nova paixão antiga é a fotografia.
Esse tema merece um post todinho só pra ele, mas... hoje eu queria mesmo era colocar algumas fothenhas que eu bati nas duas edições da Feira da Fotografia que eu participei até agora.

Resumo rápido:
Há quatro meses (eu acho) ocorre a Feira da Fotografia de Fortaleza, ocasião onde fotógrafos profissionais, amadores e simpatizantes se encontram para expor seus trabalhos, conhecer pessoas e comprar fotos, equipamentos e souvenirs relacionados ao tema fotografia.
E o que eu vou fazer lá? Além de torrar o meu dinheiro, vou ajudar a titia a vender as coisinhas que ela faz para a Menina Cereja - muito bonitas, por sinal. E, é lógico, aproveito para brincar de tentar fotografar.

Não considero que eu chegue nem à categoria de "fotógrafa amadora" - porque eu precisaria ter pelo menos uma técnica ou uma identidade fotográfica definida -, maaaas... até que de vez em quando sai algumas fotos bem interessantes e até bonitinhas.

E, como eu não consegui que esse blog tivesse um tema definido, não me custa nada colocar ainda mais coisas diversificadas aqui para aumentar a bagunça. E eu acho (espero) que vou de vez em quando voltar a fazer isso.

Feira da Fotografia de julho. Detalhe para a minha lomo que fez mais sucesso do que os produtos.

Enquadramento no "visor" da minha lomo. Achei interessante!

O cara da "banquinha" da Lomografia Fortaleza. Ele só tinha câmeras analógicas,
fossem elas lomográficas ou profissionais. Muito legal!

Quadrinho do Chico Gomes. Tava em dúvida entre dois para comprar:
comprei um e fotografei o outro.

Tava explicando pra minha tia sobre as fotos contra o sol, as quais só aparecem a silhueta;
aí eu pensei: e se eu tapar o sol?

Feira da Fotografia de agosto.

Foto da mesa usando uma lente lomográfica numa câmera digital.

Idem na legenda da foto anterior.

Teve um fotógrafo que foi expor e levou toda a família. Os filhos dele eram muito fofos e engraçados brincando e correndo por todo o mercado e sendo alvo de váááários clicks. Bem... esse foi o meu.

E as fotos dos filhos dele que foram expostas. Muito lindas!
Aí surge aquela invejinha saudável: eu queria ter batido essas fotos!

Tomei gosto pela foto pelo visor. 

Um dos equipamentos expostos foi essa espécie de "helicóptero" com uma câmera para tirar fotos aéreas da Sensor 35.
Sensacional!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Tirando o dente

Não entendi o porquê, mas tirar meus sisos me deu vontade de escrever um "quadro novo" para o meu movimentadíssimo blog. Tudo bem que tudo aqui são minhas impressões e opiniões, mas tava faltando algo mais específico, como uma espécie de diário, mas não tão íntimo.

Inspiração ao tirar os dentes. Acreditam nisso?
Talvez esse post seja um pouco nojento, mas, fazer o quê? Pelo menos, eu tô avisando.

Como já disse, tirei meus sisos. Os quatro de uma vez só!
Passada a agonia das três ou quatro injeções de anestesia em cada lado da boca, foi a vez de sentir a estranha sensação do dente saindo lentamente da boca. Não doeu, mas é muito bizarro sentir ele saindo.
Alguns foram mais fáceis, outros mais difíceis, um, até quase que não sai e deixou um rastro de respingos de sangue pelo jaleco e máscara da dentista.
Normalmente eu acharia isso escatológico, mas, por estar dendo Dexter de Jeff Lindsay (que eu ainda, com certeza, ainda vou comentar por aqui), tirando a dorzinha e o incômodo, até que ficou uma imagem bacana que lembrou o meu wallpaper atual. A serial killer! E após a minha tentativa de fala "anhã" de boca aberta e anestesiada, a doutora ainda brincou falando de seu "avental de açougueira". Coisas que aumentam minha sensação de referências literárias.

O meu wallpaper atual
Ainda tive que me despedir dos meus dentes e insistir que eu NÃO queria trazê-los comigo e que eu tinha certeza disso. É cada uma que me acontece...

Voltemos à minha boca dormente. Muito estranha a sensação de morder o lábio inferior e não conseguir fazê-lo voltar ao normal. Mais estranho é perceber que, na hora da comida (sorvete de flocos, mas ainda sim comida) se estava mastigando o próprio lábio e não estava sentindo nada. Ou ainda sentir que a boca está três vezes o seu tamanho normal mesmo que o espelho insista em lhe provar o contrário. E, por fim, tudo o que lhe resta a fazer, já que você tem que ficar em repouso e não pode fazer esforço, é brincar com o furinho do queixo. Triste, mas foram os fatos.

Nem todo mundo pode contar
 com um 'cão-enfermeiro
Mas, quem disse que eu consegui ficar em repouso? Parecia uma "menina malina" com a minha tia reclamando que eu não parava deitada e ficava falando, lendo ou no computador. Tentei fazer a menor quantidade de esforço possível, mas parece que as minhas tentativas não foram suficientes para satisfazer à minha tia-enfermeira.
E eu também tive um enfermeiro. Fred, o protetor dos doentes (e cachorro bebê da família). Se bem que eu que estava muito mais para protetora do que ele, pois, mesmo sem também poder me abaixar, tive que sentar no chão e ficar afagando o bebê porque ele estava tremendo de medo do alarme da cerca que começou a disparar. Corajoso, não?



Sopinha no liquidificador (incrivelmente não é ruim como parece), sorvete (sempre é bem vindo), remédios (porque, enfim, né?), cuidados, um pouco de atenção, todos os jornais e novelas da globo, um gostinho de sangue na boca e eu sem poder cuspir. Dramas do cotidiano que a gente passa e ainda tem mais coisas por vir (espero que indolores).

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ansiedade

A pior sensação de todas!
Porque não é UMA sensação; é uma mistura caótica e perturbadora de todas elas.

Nunca computador e comida combinaram tão bem
Primeiro bate aquele nervosismo junto com a falta de concentração. Fica impossível prestar atenção em qualquer outra coisa e a pessoa fica imprestável para todo tipo de trabalho.
Então vem a fome. Não importa se você acabou de comer, existe a necessidade de se comer mais, de mastigar. Mesmo que seu estômago não suporte mais nem uma pitomba, você não consegue parar de comer.
E muita comida, no que que dá? Sono. Você acorda tarde, come, assiste 30 minutos de TV e acaba cochilando. Acorda de novo, dessa vez desorientado e decide fazer qualquer coisa. Anda pela casa, mexe em alguma coisa, vê uma cama ou um sofá e deita e dorme. É um ciclo vicioso.

Então, eis que o fatídico dia se aproxima.
Sua falta de atenção consegue piorar consideravelmente, mas agora nem comer você consegue. Não importa se seu estômago esteja doendo e implorando por nem que seja uma uva nada desse. Você só consegue engolir qualquer coisa quando está prestes a desmaiar de fraqueza.
E o sono? Sumiu! Você deita, se enrola, se vira, se vira de novo, troca de lado, se desenrola, levanta, dá uma volta, deita de novo, passa hora e pega no sono. Pouco tempo depois, acorda com um susto. Consegue dormir de novo. Acorda. E assim anoite segue. Até que amanhece o dia e você desiste de tentar dormir e aceita que o jeito é ficar com aquelas manchas embaixo dos olhos que mais parece que você levou dois murros na cara.

aiaiaiaiai
Chega o dia. A medida que as horas passam você fica cada vez mais tremulo. A força se esvai, a cabeça começa a doer, o estômago está embrulhado. Você tenta se acalmar, mas nada parece fazer sentido. A única coisa que você quer é apertar F5 e ver se o seu sofrimento chegou ao fim. Mas não é tão fácil assim. Parece que essa comissão gosta de torturá-lo e não divulga o resultado de jeito nenhum.

E como tudo em mim sempre tem que ter um ou mais fatores de "agravamento", eu ainda consegui uma gastrite nervosa e minha conjuntivite crônica voltou - eu geralmente tenho quando fico muito nervosa e/ou estressada e é assim: não passa pra ninguém, mas meu olho fica doendo e com aquele vermelhinho charmoso ¬¬

O jeito é se conformar e tentar distrair a cabeça. Um blog ajuda. Mas só se você só escrever e não se importar com concordância sentido e o que quer que faça um texto razoável.

sábado, 23 de junho de 2012

Vê se manera aí Murphy

Edward Murphy já dizia: "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível".
Trágico? Com certeza. Condizente com a realidade? Você nem imagina o quanto.

Todo mundo já ouviu falar na Lei de Murphy e, de uma forma ou de outra, já deve ter sofrido um pouco ou muito por causa dela. Este mês, pra mim, está sendo uma comprovação atrás da outra de que a lei é real e que, não importa o quanto ela já agiu, sempre dá pra acontecer mais uma coisinha ruim.

Tudo pode e vai dar errado
Contemos só os fatos de maior intensidade. Então, por onde eu começo?
Bem, comecei o mês não muito bem de saúde: dor de cabeça, nas costas e uma suspeita de gastrite. Diminui significativamente a quantidade de doce que eu como porque não estava me fazendo bem. Um detalhe: vendo brownies pra ajudar a minha tia e ficar carregando brownie sem poder comer é torturante.

A universidade entrou em greve e todos os professores resolveram adiantar trabalhos e provas. O que eu tinha um tempo razoável pra fazer, não tive mais. Pra melhorar, meu computador resolveu não ligar mais e eu perdi parte dos meus trabalhos, ou seja, tenho que refazer, do zero, tudo de novo.

Fui para um congresso, em Recife. Uma coisa boa, você deve estar imaginando. Não é bem assim.
Fui com o único propósito de apresentar um trabalho da agência do curso. O que aconteceu? Consegui confundir os dias e perder a apresentação. Ainda perdi um dia que eu podia ter aproveitado pra conhecer a cidade esperando uma apresentação que já tinha acontecido.
Mas também deu pra aproveitar, né? Sim e não. Desdobremos o não: deixei de sair várias vezes por falta de companhia, já que me hospedei num lugar diferente e distante da maioria dos meus amigos. Ainda teve uma vez que me convenceram a sair e acabamos numa festa que já tinha terminado. Sem contar no último dia que levei um bolo dos meus queridíssimos amigos e fiquei num museu sozinha que era longe pra caramba do albergue no dia que eu podia ter ido pra Porto de Galinhas

E, pra finalizar com chave de ouro: queimei o meu filme. Calma, vou explicar. Comprei uma Holga, que é uma câmera analógica, e na hora de voltar o filme, esqueci de destravar, forcei a rodinha e quebrei o filme. Mas nisso eu tive um pouquinho de sorte, e fui espertinha também, e só perdi 8 fotos (de 36).

Então é melhor ficar quieta no meu canto pra não piorar

Enfim, o mês não está sendo fácil. Tô doida pra que acabe logo pra ver se a minha vida volta a funcionar. A minha "sorte" é que eu acredito que qualquer coisa sempre pode piorar. Sou bem doida de desafiar o destino dizendo que não pode? Quem sabe se ele ver que eu tô quieta ele não me deixa quieta também? Como dizem: a esperança é a última que morre.

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Outras leis "legais": http://sweet.ua.pt/~pant29/

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Everybody will miss

House acabou!  (muitas lágrimas)

Uma das minhas séries favoritas acabou e me deixou com esse sentimento de abandono e orfandade.
Apesar de não ter acompanhado religiosamente desde o começo, me apaixonei pela série de tal modo que, quando eu comecei a assistir de fato, não consegui mais parar. E agora que acabou, ficou aquele vaziozinho no peito e a saudade daquela expectativa para que chegasse a terça-feira para saber o que o excêntrico doutor Gregory House iria aprontar desta vez.
O que serão das minhas terças-feiras agora?

Eu até já sabia que ia acabar, mas ver aquele "series finale" mexeu com o meu coração - e com as minhas lágrimas (tô chorando há três episódios). E mesmo achando que a série não estava tão boa desde a temporada passada, nunca consegui parar de assisti e mudei totalmente de opinião neste último episódio: a série era MARAVILHOSA!


House pra mim não era apenas um seriado; era uma identificação. Porque as pessoas que gostam de séries médicas são divididas entre aqueles que gostam de House M.D. e de Grey's Anatomy, e essa simples escolha diz muito sobre quem você é. Pelo menos diz(ia) sobre mim.

Eu me identificava com ele. Admirava suas respostas rápidas (e grossas), seu jeito irônico e autodestrutivo, e, é claro, a monumental inteligência (sou fã do Conan Doyle, né?). Eu também fazia parte daquele grupinho que achava/sabia que, no fundo, ele era uma boa pessoa.

"Everybody lies" pra sempre será verdade.


Enfim, SPOILERS.
O último episódio conseguiu, inesperadamente, ser como eu esperava. Comassim?
O mundo sabe que House é inspirado em Sherlock Holmes. No quarto livro de Conan Doyle todos acham que o detetive morreu e depois descobrem como ele enganou a todos. O querido Gred não poderia fazer nada menos do que isso, né?
Só senti fala de uma apariçãzinha da Cuddy, mas nada é perfeito.

Então, como disse um amigo meu: Adeus! Foi um prazer Dr. House!

domingo, 20 de maio de 2012

Não gosto de pessoas

Calma! Não sou também uma daqueles entusiastas que preferem os animais aos seres humanos; eu sou só alguém bastante antissocial.

Às vezes eu só quero ficar só
Não é que eu realmente não goste de pessoas e não suporte o contato humano; eu só não tenho paciência o tempo todo para isso, ou eu simplesmente não suporto passar muito tempo numa situação não favorável aos meus próprios interesses para garantir os interesses de outras pessoas. Em outras palavras: tem horas que tudo o que eu quero é ficar só.

Alguns dirão que eu sou egoísta. Longe de mim discordar totalmente. Mas, se observarmos a situação mais atentamente, eu só faço o que as outras pessoas não são obrigadas a fazer: eu penso na minha própria satisfação em termos de ambiente e companhia.

Tenho um sério problema em permanecer muito tempo em determinados lugares e em situações que não são idealizações minhas. É porque se torna inevitável, em algum momento, o sentimento de ‘antissociedade’ atacar e eu começar a me perguntar: “o que diabos eu estou fazendo aqui?”. Não é que as pessoas sejam chatas e o lugar não seja interessante (ou é isso mesmo); apenas eles não combinam comigo. Pelo menos não por tanto tempo e ininterruptamente. Sem falar nas vezes que se vai para tal lugar, sem o mínimo vestígio de vontade, devido à insistência intermitente de outrem.
Não tem como aguentar por muito tempo, né?

De qualquer forma, eu sou uma pessoa muito estranha, com gostos e vontades bem ‘peculiares’ (o que não quer dizer refinado), um temperamento bem atípico e uma capacidade incrível de perder a paciência ou enjoar rapidamente de determinada situação.

Sorte que ainda podemos contar com o bom e velho livro e com a ajuda da tecnologia (benditos sejam os celulares e a maravilhosa internet – sualinda) para nos ajudar a passar por isso (ou escapar disso).



Livro e celular:
aquilo que
não se pode
tirar da bolsa.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

E a banda diz: assim é que se faz!

Poster do show dos Los Hermanos
em Fortaleza
Sábado teve show dos Los Hermanos aqui em Fortaleza!

Não tenho como expressar o tamanho da minha emoção. Explico: eu sou uma fã tardia, daquelas que começaram a gostar da banda anos depois da "separação por tempo indeterminado".

Na verdade, comecei a gostar de Los Hermanos por "livre e espontânea pressão". Eu conhecia apenas três músicas deles - Anna Júlia (porque, né?), Primavera e Cara Estranho. Aí, uma grande amiga minha vivia falando da banda e sempre arranjava um jeito de me passar cada vez mais músicas deles. A flecha do cupido atingiu meu coração quando eu fui assistir a uma apresentação da banda cover deles, a Retrato Ventura, no Hey Ho Rock Bar (que eu não sei mais nem se existe). Desde então eles não saíram do meu coração e a minha maior frustração era nunca ter visto eles tocando ao vivo. Problema resolvido!

Depois de meses aguardando o show, passado o sufoco/terror inicial de ver uma fila gigantesca, entramos no Biruta então tudo começou a ficar lindo.

Às 00h20, mais ou menos, meu coração acelera quando o Marcelo Camelo começa:

Moça, olha só o que eu te escrevi...

Nessa hora, eu estava procurando uma amiga minha; aquela culpada por tudo isso. Eles começam a tocar e ela aparece. Parecia até combinado.

Ainda bem que a gente tem amigos que lembram de tirar fotos
O show foi lindo! Adorei tudo: eles terem começado tocando as minhas músicas preferidas, as músicas que eu não gostAVA tanto assim (agora já adoro!), e até as duas músicas novas que o Amarante (FOFO!) pediu pra tocar.

Me arrepiei quando eles tocaram Conversa de Botas Batidas (principalmente quando o Camelo pediu pro baixista cantar a última parte) e quase choro quando eles cantam O Velho e o Moço e Sentimental.
O coração parou em A Flor, Retrato pra IaiáO Vencedor.
Morri de rir com o "Tema russo para problemas técnicos" e o "Tema para problemas técnicos na praia" do Amarante e quase tive vergonha de levantar a mão quando ele perguntou quem estava vendo o show deles pela primeira vez (como se só eu).
Meus olhos brilharam com os confetes e serpentinas jogados na hora de Todo Carnaval tem seu Fim e em Pierrot. Os papezinhos brilhavam voando pelo céu... Uma das coisas mais lindas que eu já vi.
Aí bateu aquela raiva por ter esquecido de levar a câmera fotográfica ¬¬

foto: revistanordestebrasil
Foram aproximadamente duas horas de show perfeito.
Alguns amigos disseram que não foi grande coisa. Mas pra mim, só de escutar as músicas depois de ter assistido àquele show, meus olhos enchem d'água.  
Nunca fui deles e nem sou. Mas uma coisa eu posso dizer: esse show vai ficar pra sempre guardado na minha memória e, quiçá, no meu coração.

Quem é mais sentimental que eu? ;p


--
Então, pra terminar, um vídeozinho. Não foi aqui, mas arrepia do mesmo jeito.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Desocupada

Quem acompanha o meu blog, já leu as lamentações sobre a minha compulsão de preencher meu tempo e a minha consequente falta de tempo livre.
Quem convive comigo, já está cansado de ouvir essa mesma ladainha quase todos os dias.
Ouvir. Porque, escutar que é bom...

É como se ninguém prestasse
atenção no que você diz
Primeiro, vamos esclarecer a diferença entre ouvir e escutar para os mais leigos:
Ouvir - perceber os sons pelo sentido do ouvido
Escutar - ouvir com atenção

Quem lê o meu blog, também sabe que, às vezes, mesmo tendo um milhão de coisas pra fazer, eu acabo não conseguindo fazer nada e/ou deixando minhas obrigações para a última hora.

Então, chegamos na problemática do dia:
Uma coisa é você protelar as suas obrigações porque você "decidiu" não fazê-las. Outra coisa, completamente diferente e muito mais indignante, é você não poder se ocupar dos seu afazeres porque está fazendo favores para mil e uma outras pessoas.

Entendam. Se você deixa de fazer algo por opção sua, você está ciente de que aquilo foi culpa sua, logo já existe uma conformação prévia com as possíveis consequências não muito agradáveis provenientes da sua escolha equivocada. De uma certa forma, está "tudo bem".

É incrivelmente boa a sensação
de ter ajudado alguém
Entretanto, se você deixa de cumprir com os seus deveres por causa de outras pessoas... Bem, a primeira coisa que acontece é o mau humor. Depois vem aquela frustração e o sentimento de "puta que pariu, será que todo mundo acha que eu não tenho mais o que fazer?". Finalmente, chega a "última hora" e você simplesmente não consegue fazer o que tem que fazer porque já gastou todos seus neurônios e disposição naquela raiva e naqueles afazeres. Aí, você faz as suas coisas de qualquer jeito e fica com um super peso na consciência porque não fez antes, porque não teve forças para negar um favor e não sabe se fica com raiva de você mesmo ou da pessoa que hora nenhuma parou para imaginar a probabilidade de você não ser um desocupado.

Mas, é a vida, né? E como tudo que é inconveniente se repete, num outro dia de mil tarefas você vai acabar protelando tudo e quando não puder mais adiar, vai acabar adiando de novo pra ajudar alguém. Porque a vida é feita desses ciclos e, mesmo sentindo raiva em algum momento, é muito boa a sensação de ajudar uma pessoa que você gosta.

segunda-feira, 19 de março de 2012

It's brilliant!

Não é novidade para ser humano algum que eu tenho uma verdadeira fissura por séries de TV. Agora, um fato que nem todos sabem: (mini)séries britânicas são, de longe, as minhas preferidas. Também... Como resistir àquele sotaque?


O que, mais ou menos, aconteceu com o assunto de hoje: Doctor Who
Entretanto, meu interesse pela série surgiu por uma série de confusões. Primeiro, confundi com outra série. Depois, leigalmente, comecei a assistir achando que era de um jeito, quando, de fato, só passou a ser do jeito que eu pensei que seria muito tempo depois. Por fim, continuei a assistir para chegar até a parte esperada e não conseguir mais parar.

Doctor Who, ficção científica produzida pela BBC, é a mais longa série de TV já produzida e está, inclusive, no Guiness Book como a série com o maior número de episódios e histórias. Ela foi exibida de 1963 a 1989, ganhou um filme em 1996, voltou ao formato serial em 2005 e está no ar até hoje. E também foi a matriz para dois spin-offs (Torchwood e The Sarah Jane Adventures).

A 'caixa azul' ou simplesmente TARDIS
O personagem principal e que dá nome a série, "the Doctor", é o último dos time lords (senhores do tempo), vindo de Gallifrey, o grande planeta laranja consumido na Guerra do Tempo. Ele tem mais de 900 anos, usa uma screwdriver chave de fenda sônica como 'arma' (ela abre todo tipo de porta e fechadura, controla equipamentos eletrônicos, mas é inútil diante de madeira) e viaja pelo tempo e espaço em uma cabine policial londrina dos anos 60, sua TARDIS (Time and Relative Dimension in Space). Pequena por fora e grande por dentro (será que foi daí que surgiu o jargão para as propagandas de carro compacto?). 
Segundo o próprio Doctor, ele viaja sozinho. Entretanto, ele sempre tem uma companhia, ou melhor, uma companion, geralmente uma 'garota' com algo especial que tem a oportunidade de viajar pelo vórtice temporal, ajudando-o a salvar o universo, e principalmente a Terra.

Mas como a série pode estar no ar a 49 anos com o mesmo personagem? Simples! Ao todo, já foram 11 Doctors durante a trajetória da série com alterações totalmente explicadas pelo enredo da série: os time lords têm a capacidade de se regenerar para 'tapear' a morte. E durante a regeneração ele mudam totalmente de corpo e personalidade, mas a essência continua a mesma. Na versão de 2005 o papel foi desempenhado por Christopher Eccleston, David Tennant e Matt Smith - doctors 9, 10 e 11, respectivamente.

Desde 1963, já houve 11 Doctors
Outro aspecto interessante na série são as "participações" de personalidades históricas famosas em alguns episódios. The Doctor já 'visitou' Charles Dickens, a rainha Vitória, Madame de Pompadour, Shakespeare, Aghata Christie, Van Gogh, Winston Churchill e, muito brevemente, Hitler.

Serei sincera. No começo você assiste pela curiosidade mesmo. Chega até a ser um pouco difícil continuar a assistir. Mas a medida que a série passa você se apaixona, principalmente quando David Tennant entra. Quase chorei quando ele estava se regenerando e disse "I don't want go". Mas aí chegou o Matt Smith igualmente divertido e com os efeitos e tecnologias muito melhores, aí você não consegue parar de assistir.

Então... Allons-y assistir essa fantastic série com o brilliant Doctor. Geronimoooo....


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Mais sobre Doctor Who:

quarta-feira, 7 de março de 2012

Nomes compostos: uma crise de identidade

Afora os dramalhões mexicanos e em casos em que os primeiros nomes são curtinhos como Ana, Maria, João e Luís, ter nome composto pode gerar uma grande confusão.

Qual nome chamar? Como escolher? Falar os dois? Atender pelos dois?

No começo, é uma escolha...
Veja bem, meu nome é Luiza Carolina. Papai escolheu esses nomes sob a referência de duas músicas que ele gosta, a primeira de Tom Jobim, e a segunda de Chico Buarque. Lindo, não?
Enquanto eu era uma bela criança que só ficava em casa, todos me chamavam de 'Carolzinha'. Então, chegou o fatídico dia em que eu me tornei uma mocinha e comecei a frequentar a escola, onde as tias tinham por costume chamar-me pelo primeiro nome: Luiza. A partir de então, para não confundir a cabeça da pobre criança, minha família passou a adotá-lo também.

Passam-se anos e eu me acostumo totalmente com o nome Luiza ou simplesmente Luh. Identifico-me como Luiza, ajo como Luiza, apresento-me como Luiza, gosto de Luiza. 'Carol', 'Carolina' para mim passam a ser nomes de outras pessoas, ou apenas "o meu segundo nome", usado eventualmente seguido do primeiro nome em casos de repreensão. Ou seja, ouvir um "Luiza Carolina" nunca era um bom sinal.

...aí vira uma sobreposição...
Então, eis que surgem os amigos engraçadinhos que brincam de trocar e juntar os nomes. Consequentemente, tive que lembrar que "o meu segundo nome" também é o meu nome e passar a reconhecê-lo e ouvir os dois nomes juntos e não temer a represália.

Os anos passam e, já mais velha, surge outra situação. Os professores não chamam mais pelo primeiro nome; eles, agora, escolhem o nome que lhes agrada mais. Alguns ainda perguntam como você prefere ser chamada, enquanto outros não querem nem saber. Aí, se você tem só uma turma, tudo bem, eles lhe chamam pelo nome comum. Porém, se você faz cursos diferentes... Tem que se habituar a ser Luiza num canto e Carol no outro.

Interessante é quando surgem aquelas perguntas:
"Mas teu nome não é Luiza?"
"Tu é Luiza ou Carolina?"
"Luh, tu também é Carol?"
Ou, a melhor de todos
"Por que tu chama a Carol de Luiza?"

Aí você vê que não é mais apenas Luiza. Aos poucos você adquiriu algumas características de Carol e passou a ser um pouco ela também.

...pra depois virar uma confusão.
Atualmente, estou na situação em que não sei mais se sou e/ou quero ser Luiza, ou Carolina, ou simplesmente Luiza Carolina. Só sei que está cada vez mais difícil e complicado descobrir e decidir.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ciclo raivoso

Há qualquer coisa de extremamente insano nos seres humanos. Esses que são denominados "racionais" têm a capacidade de ser mais irracional do que uma anêmona-do-mar (um animal aleatório e sem sistema nervoso).

A irracionalidade em questão é a raiva, também conhecido como o pecado capital denominado 'ira'.
Raiva pode ser uma doença ou um sentimento, embora o segundo também possa ser considerado um outro tipo do primeiro.
O QUÊ???
Dá uma vontade de quebrar tudo...
Simples. Quando a pessoa está sentindo raiva é porque algo nela, simbolicamente está "doente" (geralmente é o ego).
Então, tornou-se de praxe para as pessoas se sentirem melhor e abrandar sua própria raiva fazendo raiva a outra pessoa - uma forma de se conformar com a dor é vendo outro com a mesma dor ou outra pior do que a sua. Ou seja, uma pessoa com raiva sente-se bem descontado sua raiva em outra que não tem nada haver com a história. Aí o pobre infeliz fica com raiva e acaba descontando numa quarta pessoa que teve a infelicidade de dizer "bom dia". É um ciclo que só termina se a última pessoa que teve raiva for dormir antes de falar com qualquer outra pessoa.
Ai, ai... é a estupidez humana com requintes de crueldade e egoísmo.

OBS: Barney Stinson (How I Met Your Mother) tem uma explicação interessante e parecida com essa. Ele chama de "o cadeia/círculo do grito" (episódio 15 da 3ª teporada - The Chain of Screaming).

Aprendemos desde pequenos que quando uma pessoa está com raiva, ela não pensa direito. Logo, este é o estado de espírito no qual o indivíduo está mais propenso a fazer besteiras, pois ele age por impulso, fala o que vem na cabeça para qualquer pessoa sem utilizar o 'filtro mental', esquece de raciocinar e não sabe medir consequências.
Então, sabendo, desde sempre, de tudo isso, por que as pessoas não se educam para momentos como esse?
... e de descarregar no primeiro infeliz que aparecer.
Explico. 
Não escondo de ninguém que eu sou uma pessoa complicada. Sabendo que eu, mesmo no meu melhor estado de espírito, já não sou uma pessoa fácil, tomo algumas medidas de segurança para momentos de ira. Algo muito simples: fico o mais reclusa possível, não falo com ninguém e fico emburrada no meu canto e tento pensar no mais completo vácuo. Você não pode permanecer raivoso se não pensar no que está lhe chateando;  nem descontar a sua raiva em outras pessoas se você não falar com elas; e não precisa falar com ninguém se eu me afastar. Aí, se algum desavisado se aproxima eu advirto: "É melhor não falar comigo!" Agora, se a pessoa insiste em ficar perto e "cutucando", não posso fazer nada a não ser descontar um pouco da raiva nela. Mas pelo menos eu tentei avisar, né?

Agora, o mais interessante é quando o cidadão raivoso desconta sua ira em um pobre indivíduo, deixando este chateado, e ainda se acha no direito de reclamar porque a pobre criatura ficou emburrada. Faça-me o favor (de tacar a cabeça no vão da porta e morder a língua até sangrar)!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Interesse dependente

Existem duas situações extremamente comuns e irritantes na minha vida:
1. Ócio total e improdutivo, quando você não tem saco nem pra fazer aquilo que você mais gosta;
2. Caos de compromissos, quando você tem mil e uma coisas pra fazer, mas você não consegue dar conta porque está ocupado com os seus hobbies.

É sempre assim! Quando não se tem nada de importante para fazer, nenhuma diversão parece ter sentido e você fica sem vontade alguma para fazer o que quer que seja. Mas, quando se está atolado de tarefas e deveres, sente-se uma necessidade crônica de ter um momento de ócio improdutivo para poder colocar as pernas para cima e perder tempo da forma mais inútil possível.
Compulsividade por ter o que fazer

Mas isso é normal para o ser humano, eu acho. Pior fica quando a pessoa é compulsiva por atividades, se compromete a fazer milhões de coisas eliminando boa parte do seu tempo livre de propósito. Aí, chega aquela hora em que ela (no caso, eu) não aguenta mais nem olhar para qualquer coisa que tenha um mínimo de importância, que outrora escolheu, e, ao invés de fazer o que se comprometeu, para com tudo e vai ler algum livro ou assistir seriado.

Não é que eu seja irresponsável... ou talvez seja um pouco. O caso é que os hobbies só ficam interessantes quando eu abro mão de alguma coisa pra fazê-los e não quando eu só tenho eles para me ocupar. Como quando eu fui trabalhar com o meu pai e li dois livros em quatro dias, além de todo dia ler o jornal, coisas que eu não faço normalmente. Ou quando, semestre passado, eu tinha um artigo para fazer para a faculdade, mas eu deixei para a última hora e fiz mal feito porque eu comecei a assistir Dexter.
Mas, quando eu tive uma semana sem ter porcaria nenhuma para fazer, eu não consegui  ler nem quatro páginas de um livro e nem saco para assistir episódio algum. Então, foi só aparecer demandas do grupo de extensão para o interesse pelos hobbies reaparecer e me tornar uma garota inútil novamente.
É nessas horas que eu começo a imaginar que eu tenho algum problema sério na cabeça, além de preguiça, é claro.
Até agora, nenhum dano sério. Mas nunca se sabe quando o jogo vai virar, né?