segunda-feira, 9 de abril de 2012

Desocupada

Quem acompanha o meu blog, já leu as lamentações sobre a minha compulsão de preencher meu tempo e a minha consequente falta de tempo livre.
Quem convive comigo, já está cansado de ouvir essa mesma ladainha quase todos os dias.
Ouvir. Porque, escutar que é bom...

É como se ninguém prestasse
atenção no que você diz
Primeiro, vamos esclarecer a diferença entre ouvir e escutar para os mais leigos:
Ouvir - perceber os sons pelo sentido do ouvido
Escutar - ouvir com atenção

Quem lê o meu blog, também sabe que, às vezes, mesmo tendo um milhão de coisas pra fazer, eu acabo não conseguindo fazer nada e/ou deixando minhas obrigações para a última hora.

Então, chegamos na problemática do dia:
Uma coisa é você protelar as suas obrigações porque você "decidiu" não fazê-las. Outra coisa, completamente diferente e muito mais indignante, é você não poder se ocupar dos seu afazeres porque está fazendo favores para mil e uma outras pessoas.

Entendam. Se você deixa de fazer algo por opção sua, você está ciente de que aquilo foi culpa sua, logo já existe uma conformação prévia com as possíveis consequências não muito agradáveis provenientes da sua escolha equivocada. De uma certa forma, está "tudo bem".

É incrivelmente boa a sensação
de ter ajudado alguém
Entretanto, se você deixa de cumprir com os seus deveres por causa de outras pessoas... Bem, a primeira coisa que acontece é o mau humor. Depois vem aquela frustração e o sentimento de "puta que pariu, será que todo mundo acha que eu não tenho mais o que fazer?". Finalmente, chega a "última hora" e você simplesmente não consegue fazer o que tem que fazer porque já gastou todos seus neurônios e disposição naquela raiva e naqueles afazeres. Aí, você faz as suas coisas de qualquer jeito e fica com um super peso na consciência porque não fez antes, porque não teve forças para negar um favor e não sabe se fica com raiva de você mesmo ou da pessoa que hora nenhuma parou para imaginar a probabilidade de você não ser um desocupado.

Mas, é a vida, né? E como tudo que é inconveniente se repete, num outro dia de mil tarefas você vai acabar protelando tudo e quando não puder mais adiar, vai acabar adiando de novo pra ajudar alguém. Porque a vida é feita desses ciclos e, mesmo sentindo raiva em algum momento, é muito boa a sensação de ajudar uma pessoa que você gosta.

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