terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Água para Elefantes"

O post de hoje, meio atrasadinho (eu sei), é sobre um livro realmente incrível: Água para Elefantes da autora canadense Sara Gruen.
O que eu posso dizer? Eu sou apaixonada por livros e tento ler de tudo para ter um ponto de referência. Mas esse livro é diferente de tudo o que eu já li, pois mistura romance, ação, aventura e CIRCO.
A história se passa em dois tempos, os dias atuais e a década de 1930, ambos narrados pelo protagonista Jacob Jankowski. A narrativa começa no clímax da história, então ocorre o chamado corte cinematográfico e nos deparamos com Jacob, com 90 ou 93 anos, num asilo para idosos. A partir daí a história dele vai sendo contada através de lembranças vindas quando ele sonha.
Jacob, aos 23 anos, está às vésperas das provas finais do curso de veterinária quando recebe a notícia da morte dos pais e da hipoteca da casa. Desamparado e sem perspectiva ele abandona a faculdade no meio das provas e pula dentro de um vagão de trem em movimento. O que ele não sabia era que tinha ido parar no trem do Esquadrão Voador do Circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Lá, ele encontra amizade nos trabalhadores e acaba conseguindo um emprego como veterinário do circo.
No circo ele encontra duas grandes paixões: Marlena, a estrela do número de cavalos e esposa de August, chefe de Jacob, e Rosie, a elefanta comprada para salvar o espetáculo e que acaba se tornando o maior problema do circo.
Com uma narrativa super envolvente (você realmente não consegue parar de ler), Sara Gruen mostra o cotidiano de uma trupe de circo nos anos de 1931 em meio à grande depressão que assolava todo o mundo. Se apropria de fatos verídicos da história do circo , como a elefanta que se soltava para roubar limonada e depois voltava para o mesmo lugar para não ser descoberta e a esposição de um hipopótamo mesmo depois de morto, e até mesmo parte da história dos Estados Unidos, como a lei seca instaurada no período da recessão.
Mas, sem dúvidas, o personagem mais apaixonante é a elefanta Rosie com suas travessuras e seu sorriso em forma de pá, como descreve o próprio Jacob.
É possível encontar no livro até uma crítica às famílias que colocam os pais em "abrigos para idosos". Não que eles sejam maltratados, mas eles acabam se sentindo esquecidos e inúteis, por serem privados da sua independência e do direito de comer "comida de verdade" como tanto reclama o nosso herói, e por terem tanto para contar e ninguém para ouvir.
O que mais eu posso dizer? O livro é incrível! Vale a pena ler.
Ah! E já estão gravando um filme baseado no livro.
Apesar de eu ter passado o livro inteiro imaginando como seria uma adaptação para o cinema, não posso negar que fiquei um pouco desapontada quando li sobre ela. O problema não é nem a decepção com algumas adaptações hollywoodianas que acabam perdendo toda a essência dramática do livro, embora tenha algumas exceções (o que é um tema para outro post). O problema é parte do elenco. Nada contra Reese Whiterspoon (que fará Marlena) e Christoph Waltz (August). Longe de mim. Mas não posso deixar de ter receios sobre Robert Pattinson, que fará ninguém menos que o Jacob Jankowski. Podem falar o que quiserem dele, mas EU não acho que ele atue bem. Na verdade acho ele sem expressão. Mas, por favor, que eu esteja enganada.
O filme está previsto para julho de 2011 e só nos resta torcer para que ele consiga ser tão bom quanto o livro.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A necessidade de estar NA frente

Este poste NÃO é sobre as pessoas que estão à frente do seu tempo, ou que têm uma mente mais aberta e uma intelectualidade de vanguarda, nem sobre aquelas que investem no conhecimento e no futuro.
Este post é sobre aquelas pessoas ridículas que gostam de ficar NA frente só pelo simples prazer de ser o primeiro da fila, por exemplo. O que é uma grande merda! (eu tentei usar outra palavra, mas essa foi a única que se aproximou da real imagem desta situação).

Vou começar exatamente pelas filas. Já reparou que ninguém gosta de ir para o fim da fila? Mas em geral as pessoas vão - é o jeito. O problema são aqueles mais gaiatos que vão percorrendo a fila pra ver se encontram alguém conhecido. E não precisa ser nem amigo. Aquele cara que pisou no seu pé na sexta série tá valendo. Quando eles não começam a puxar assunto pra se meter na frente dos outros.
Ninguém gosta de ficar esperando - ou gostam, já que tem gente que chega uma semana antes para ver um show e monta uma barraca no portão de entrada para ser o primeiro da fila. Mas tem gente que está naquela porcaria de fila há uma hora e é uma falta de respeito um indivíduo chegar, trocar meia palavra com uma pessoa que está na frente e ser atendido em poucos minutos. Além de ser frustrante, aquele ser ainda fez com que aquele pobre infeliz que está honestamente esperando na fila fique esperando ainda mais. E o pior é que nem adianta reclamar. Você vai reclamar com algum funcionário que alguém está furando fila e ele olha pra você com uma cara de bunda e diz "eu não posso fazer nada" ou "quem garante que aquela pessoa não estava guardando o lugar?". Aí me vem só uma pergunta na cabeça: pra quê fila, então, se ninguém respeita? E os que respeitam ainda são chamados de otários.
Fazer o quê? Educação é tudo. Ainda bem que todo mundo concorda comigo...
E pensar que em alguns países é inadmissível até a ideia de furar uma fila. Mas isso deve ser mito.

Agora nada é tão ridículo como a atitude de algumas pessoas sem noção dentro de um ônibus. Essas pessoas ficam aglomeradas na porta de saída do ônibus e a parte de traz fica 'vazia' (só com as pessoas que estão sentadas). Sendo que cinco sextos dessas pessoas só vão descer nas três últimas paradas da rota do ônibus. Aí você quer descer, tem que se espremer pelo meio dessa gente super educada e solicita - você pede licença e elas lhe esculhambam -, e tem que praticamente pular para fora do ônibus. E essas mesmas pessoas ainda ficam lhe xingando porque você passou empurrando todo mundo.
O mais engraçado é que todo mundo vai descer na próxima parada, até que ela chega e você tem que ficar gritando pro motorista para ele não sair porque você ainda está tentando chegar na porta pra descer.

E eu me recuso a comentar sobre aquelas pessoas que não podem ver uma filmadora de tv e um repórter  que ficam todo tempo passando na frente da câmera pra aparecer na televisão.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Acho que eu não vou ter filhos...

Segundo Nietzsche: "Ou filhos, ou livros". Eu estou cada vez mais inclinada a escolher os livros.

Toda sexta-feira eu chego à conclusão que é loucura ter filhos no dia de hoje.
Vou me explicar.
Eu meio que estou desempregada, então tô "fazendo um bico" no meu antigo colégio fiscalizando provas pra ganhar alguma coisa.
Bem, o fato é que as crianças e os adolescentes estão ficando cada vez mais estranhos/esquisitos/bizarros.
Hoje, por exemplo, tinha uma garota bastante exótica na sala em que eu estava fiscalizando. Ela tinha uma decoração de halloween no cabelo - era azul, roxo, verde e branco -, um alargador na orelha, um soco inglês no pescoço e um ray ban de grau. Ela terminou a prova e foi pintar as unhas (de preto, lógico) no meio da sala. Não satisfeita, ela ainda foi riscar (não foi escrever e nem desenhar) a mochila com uma caneta azul e marca texto amarelo.
Tá certo que todo mundo tem as suas esquisitices, mas uma só pessoa precisava ter tantas assim?
É nessas horas que eu entendo as mulheres que abortam.

Teve também o caso do garoto que, em meio ao ócio de fim de prova, resolveu pentear os cabelos com a lapiseira. Até aí, tudo bem. O problema foi quando ele tirou a tesoura de dentro do estojo para... escovar os dentes.
Importante lembrar da sala em que um menino queria fazer a prova com a perna enrolada no pescoço e o resto da sala estava jogando vôlei com um tênis.

Eu tenho até um caso complicado dentro de casa. Meu irmão resolveu deixar o cabelo crescer pra fazer black power. Sendo que, nem ele é negro, nem tem o cabelo próprio para isso. Ele tem o cabelo cacheado que, quando está molhado, parece um monte de pipoca e, quando está seco e assanhado, o pêlo de um poodle. E não adianta dizer a ele que está horrível.

Um amigo meu que disse que as crianças só estão assim hoje porque merthiolate não arde mais. Não sei onde ele viu isso, mas eu concordo plenamente.

E olha que eu nem falei das roupas esquisitas e do gosto musical duvidoso. Mas isso fica para uma próxima vez...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Já que não adianta falar...

Normalmente acontece assim: determinado grupo de pessoas estão falando sobre um assunto qualquer. Sempre há o momento em que se pedem opiniões e/ou sugestões. Como todo participante, eu emito os meus pensamentos, mas quase nunca sou ouvida. Passa um tempo e o assunto volta a tona com alguma coisa que deu errado ou algum arrependimento. Aí vem aquele "se eu soubesse" ou "por que ninguém me disse". Na verdade EU disse, mas ninguém me ouve...

Tenho muito a dizer e nem todos estão dispostos a escutar na hora que eu falo. Escrevendo pelo menos fica registrado. Aí sim eu tenho como provar que eu avisei.


Não que eu queira que todo mundo concorde em tudo comigo. Muito pelo contrário. Cheguei à conclusão de que ninguém pensa como eu, e me conformei com isso. Mas sei que mesmo estando errada, falo coisas bem pertinentes. Afinal, ninguém está 100% certo e nem 100% errado.


E é sem nenhuma pretensão, mas cheia de pretensões que eu dou início a esse blog, que, sinceramente, eu espero que  sirva para alguma coisa.