Lavoisier já dizia "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Me parece que nas artes nada se inventa, nada fica obsoleto, tudo de adapta.
Romeu e Julieta é um ótimo exemplo disso.
Tragédia escrita por William Shakespeare, certo? Errado! História adaptada por Shakespeare.
Romeu e Julieta na famosa cena da sacada |
Passando por cima de mais uma série de títulos e adaptações - Mariotto e Gianozza e, enfim, Giulietta e Romeo -, chegamos a Matteo Bandello, em 1554, com a nouvelle que chegou às mãos do dramaturgo inglês.
E então, a história que já era famosa, se disseminou pelo mundo.
De conto para livro, de livros para peça, de peças para filme, de filmes para o que se imaginar. E até mais.
De conto para livro, de livros para peça, de peças para filme, de filmes para o que se imaginar. E até mais.
Animação Gnomeu e Julieta |
Sem falar nos filmes inspirados na obra, ou que apresentam a peça como parte de seu próprio enredo.
Mas a história ainda é teatro, seja na versão shakespeariana, ou inundada experimentação, como um musical que retrata a luta entre duas gangues da favela do Maré no Rio de Janeiro, ou uma história repleta de rock e jeans. Pode vir também com a inserção de elementos da cultura local, como proposto, em 1992, pelo Grupo Galpão de Minas Gerais, e atualmente pelo Grupo Garajal, que além de inserir a cultura cearense, experimentou a utilização da simbologia como a diferenciação dos personagens, representados pelo figurino e encenados por todos os atores.
Hoje Romeu e Julieta é história em quadrinho, ensaio fotográfico, história de vampiro, queijo com goiabada, música e até estúdio publicitário.
Marcelo Camelo - Romeu e Julieta by luizacarolina30
Enfim, Romeu e Julieta é reinvenção. É a prova de que algo já bom sempre pode se transformar em outra coisa igualmente interessante. Ou não. Mas ainda assim vale experimentar.
--
Publicado em http://postandosete.blogspot.com.br