Não entendi o porquê, mas tirar meus sisos me deu vontade de escrever um "quadro novo" para o meu movimentadíssimo blog. Tudo bem que tudo aqui são minhas impressões e opiniões, mas tava faltando algo mais específico, como uma espécie de diário, mas não tão íntimo.
Talvez esse post seja um pouco nojento, mas, fazer o quê? Pelo menos, eu tô avisando.
Como já disse, tirei meus sisos. Os quatro de uma vez só!
Passada a agonia das três ou quatro injeções de anestesia em cada lado da boca, foi a vez de sentir a estranha sensação do dente saindo lentamente da boca. Não doeu, mas é muito bizarro sentir ele saindo.
Alguns foram mais fáceis, outros mais difíceis, um, até quase que não sai e deixou um rastro de respingos de sangue pelo jaleco e máscara da dentista.
Normalmente eu acharia isso escatológico, mas, por estar dendo Dexter de Jeff Lindsay (que eu ainda, com certeza, ainda vou comentar por aqui), tirando a dorzinha e o incômodo, até que ficou uma imagem bacana que lembrou o meu wallpaper atual. A serial killer! E após a minha tentativa de fala "anhã" de boca aberta e anestesiada, a doutora ainda brincou falando de seu "avental de açougueira". Coisas que aumentam minha sensação de referências literárias.
Ainda tive que me despedir dos meus dentes e insistir que eu NÃO queria trazê-los comigo e que eu tinha certeza disso. É cada uma que me acontece...
Voltemos à minha boca dormente. Muito estranha a sensação de morder o lábio inferior e não conseguir fazê-lo voltar ao normal. Mais estranho é perceber que, na hora da comida (sorvete de flocos, mas ainda sim comida) se estava mastigando o próprio lábio e não estava sentindo nada. Ou ainda sentir que a boca está três vezes o seu tamanho normal mesmo que o espelho insista em lhe provar o contrário. E, por fim, tudo o que lhe resta a fazer, já que você tem que ficar em repouso e não pode fazer esforço, é brincar com o furinho do queixo. Triste, mas foram os fatos.
Mas, quem disse que eu consegui ficar em repouso? Parecia uma "menina malina" com a minha tia reclamando que eu não parava deitada e ficava falando, lendo ou no computador. Tentei fazer a menor quantidade de esforço possível, mas parece que as minhas tentativas não foram suficientes para satisfazer à minha tia-enfermeira.
E eu também tive um enfermeiro. Fred, o protetor dos doentes (ecachorro bebê da família). Se bem que eu que estava muito mais para protetora do que ele, pois, mesmo sem também poder me abaixar, tive que sentar no chão e ficar afagando o bebê porque ele estava tremendo de medo do alarme da cerca que começou a disparar. Corajoso, não?
Sopinha no liquidificador (incrivelmente não é ruim como parece), sorvete (sempre é bem vindo), remédios (porque, enfim, né?), cuidados, um pouco de atenção, todos os jornais e novelas da globo, um gostinho de sangue na boca e eu sem poder cuspir. Dramas do cotidiano que a gente passa e ainda tem mais coisas por vir (espero que indolores).
Alguns foram mais fáceis, outros mais difíceis, um, até quase que não sai e deixou um rastro de respingos de sangue pelo jaleco e máscara da dentista.
Normalmente eu acharia isso escatológico, mas, por estar dendo Dexter de Jeff Lindsay (que eu ainda, com certeza, ainda vou comentar por aqui), tirando a dorzinha e o incômodo, até que ficou uma imagem bacana que lembrou o meu wallpaper atual. A serial killer! E após a minha tentativa de fala "anhã" de boca aberta e anestesiada, a doutora ainda brincou falando de seu "avental de açougueira". Coisas que aumentam minha sensação de referências literárias.
O meu wallpaper atual |
Voltemos à minha boca dormente. Muito estranha a sensação de morder o lábio inferior e não conseguir fazê-lo voltar ao normal. Mais estranho é perceber que, na hora da comida (sorvete de flocos, mas ainda sim comida) se estava mastigando o próprio lábio e não estava sentindo nada. Ou ainda sentir que a boca está três vezes o seu tamanho normal mesmo que o espelho insista em lhe provar o contrário. E, por fim, tudo o que lhe resta a fazer, já que você tem que ficar em repouso e não pode fazer esforço, é brincar com o furinho do queixo. Triste, mas foram os fatos.
Nem todo mundo pode contar com um 'cão-enfermeiro |
E eu também tive um enfermeiro. Fred, o protetor dos doentes (e
Sopinha no liquidificador (incrivelmente não é ruim como parece), sorvete (sempre é bem vindo), remédios (porque, enfim, né?), cuidados, um pouco de atenção, todos os jornais e novelas da globo, um gostinho de sangue na boca e eu sem poder cuspir. Dramas do cotidiano que a gente passa e ainda tem mais coisas por vir (espero que indolores).
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