domingo, 26 de junho de 2011

Fim de festa


Fui para um show esse fim de semana e percebi certas cenas no mínimo curiosas, por assim dizer.
A primeira delas, o fim da festa é bem mais interessante, se você se prestar ao papel de ser um bom observador.
Digamos que é possível capturar a essência das pessoas (as que restaram, óbvio) e de descobrir tendências gerais que ficam escondidas por serem tão comuns. Os papéis se repetem. Em toda festa e fim de festa você reconhece os mesmos perfis.

Tem aqueles casais que querendo se curtir, ou terminando de se curtir. Aí a gente pode observar uma clara diferença entre os casais heteros e os homossexuais. Estes são mais comedidos, pelo menos a maioria, enquanto os heteros parecem ter a ilusão de estar num quarto de motel.

Tem aquele gordinho sem noção que passou a noite levando fora e que resolveu ficar cantando e dançando sozinho no meio da pista quase vazia.

Tem aquele cara que aprendeu dois passos de "dança eletrônica" e que dança eles em todos os estilos de música. E aquela garota que acha que dança sensualmente e que fica no mesmo passo quadril-pra-lá-quadril-pra-cá a noite toda e em todos os estilos também. Ah! E na mesma velocidade.

Tem aquela garota que bebeu todas e que não se consou de "se passar" ainda. Ela tem que gritar, tem que fazer ceninha e despertar vergonha alheia nos que restaram.

Tem aquele cara que ainda não bebeu tudo o que ele queria beber e que está disposto a atingir a sua meta ainda aquela noite.

Tem aquele(a) garoto(a) que não teve coragem de fazer aquilo que ele(a) teve vontade de fazer a noite toda e, naquele momento, está cabisbaixo vendo uma pessoa mais corajosa que ele(a) tendo êxito.

Tem aquela galera que não aguentou a noite toda e ficou sentada ou jogada em um canto para dormir e esperar a hora de ir embora.

Tem aquele(s) bartender(s) que não vê(em) a hora de encerrar o expediente.

Tem os seguranças, circulando pelo ambiente esperando a hora para começar a tanger os restantes para fora do estabelecimento.

E tem aquela pessoa deslumbrada com a cena. Nessa noite, essa pessoa fui eu.

2 comentários:

  1. É aquela coisa, né. Numa festa, a gente encontra milhões de pessoas diferentes. Às vezes, observar é um ótimo jeito de se divertir. :)

    Ótimo escrito, moça. :)

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  2. Olha só Luizinha Carolina, gostei muito! Passei por situações assim e por isso garanto, tudo muito bem descrito e observado,e mais, por essas e outras que sei que será uma ótima jornalista, meu bem!
    ;)

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