O post de hoje, meio atrasadinho (eu sei), é sobre um livro realmente incrível: Água para Elefantes da autora canadense Sara Gruen.
O que eu posso dizer? Eu sou apaixonada por livros e tento ler de tudo para ter um ponto de referência. Mas esse livro é diferente de tudo o que eu já li, pois mistura romance, ação, aventura e CIRCO.
A história se passa em dois tempos, os dias atuais e a década de 1930, ambos narrados pelo protagonista Jacob Jankowski. A narrativa começa no clímax da história, então ocorre o chamado corte cinematográfico e nos deparamos com Jacob, com 90 ou 93 anos, num asilo para idosos. A partir daí a história dele vai sendo contada através de lembranças vindas quando ele sonha.
Jacob, aos 23 anos, está às vésperas das provas finais do curso de veterinária quando recebe a notícia da morte dos pais e da hipoteca da casa. Desamparado e sem perspectiva ele abandona a faculdade no meio das provas e pula dentro de um vagão de trem em movimento. O que ele não sabia era que tinha ido parar no trem do Esquadrão Voador do Circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Lá, ele encontra amizade nos trabalhadores e acaba conseguindo um emprego como veterinário do circo.
No circo ele encontra duas grandes paixões: Marlena, a estrela do número de cavalos e esposa de August, chefe de Jacob, e Rosie, a elefanta comprada para salvar o espetáculo e que acaba se tornando o maior problema do circo.
Com uma narrativa super envolvente (você realmente não consegue parar de ler), Sara Gruen mostra o cotidiano de uma trupe de circo nos anos de 1931 em meio à grande depressão que assolava todo o mundo. Se apropria de fatos verídicos da história do circo , como a elefanta que se soltava para roubar limonada e depois voltava para o mesmo lugar para não ser descoberta e a esposição de um hipopótamo mesmo depois de morto, e até mesmo parte da história dos Estados Unidos, como a lei seca instaurada no período da recessão.
Mas, sem dúvidas, o personagem mais apaixonante é a elefanta Rosie com suas travessuras e seu sorriso em forma de pá, como descreve o próprio Jacob.
É possível encontar no livro até uma crítica às famílias que colocam os pais em "abrigos para idosos". Não que eles sejam maltratados, mas eles acabam se sentindo esquecidos e inúteis, por serem privados da sua independência e do direito de comer "comida de verdade" como tanto reclama o nosso herói, e por terem tanto para contar e ninguém para ouvir.
O que mais eu posso dizer? O livro é incrível! Vale a pena ler.
Ah! E já estão gravando um filme baseado no livro.
Apesar de eu ter passado o livro inteiro imaginando como seria uma adaptação para o cinema, não posso negar que fiquei um pouco desapontada quando li sobre ela. O problema não é nem a decepção com algumas adaptações hollywoodianas que acabam perdendo toda a essência dramática do livro, embora tenha algumas exceções (o que é um tema para outro post). O problema é parte do elenco. Nada contra Reese Whiterspoon (que fará Marlena) e Christoph Waltz (August). Longe de mim. Mas não posso deixar de ter receios sobre Robert Pattinson, que fará ninguém menos que o Jacob Jankowski. Podem falar o que quiserem dele, mas EU não acho que ele atue bem. Na verdade acho ele sem expressão. Mas, por favor, que eu esteja enganada.
O filme está previsto para julho de 2011 e só nos resta torcer para que ele consiga ser tão bom quanto o livro.
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