segunda-feira, 23 de abril de 2012

E a banda diz: assim é que se faz!

Poster do show dos Los Hermanos
em Fortaleza
Sábado teve show dos Los Hermanos aqui em Fortaleza!

Não tenho como expressar o tamanho da minha emoção. Explico: eu sou uma fã tardia, daquelas que começaram a gostar da banda anos depois da "separação por tempo indeterminado".

Na verdade, comecei a gostar de Los Hermanos por "livre e espontânea pressão". Eu conhecia apenas três músicas deles - Anna Júlia (porque, né?), Primavera e Cara Estranho. Aí, uma grande amiga minha vivia falando da banda e sempre arranjava um jeito de me passar cada vez mais músicas deles. A flecha do cupido atingiu meu coração quando eu fui assistir a uma apresentação da banda cover deles, a Retrato Ventura, no Hey Ho Rock Bar (que eu não sei mais nem se existe). Desde então eles não saíram do meu coração e a minha maior frustração era nunca ter visto eles tocando ao vivo. Problema resolvido!

Depois de meses aguardando o show, passado o sufoco/terror inicial de ver uma fila gigantesca, entramos no Biruta então tudo começou a ficar lindo.

Às 00h20, mais ou menos, meu coração acelera quando o Marcelo Camelo começa:

Moça, olha só o que eu te escrevi...

Nessa hora, eu estava procurando uma amiga minha; aquela culpada por tudo isso. Eles começam a tocar e ela aparece. Parecia até combinado.

Ainda bem que a gente tem amigos que lembram de tirar fotos
O show foi lindo! Adorei tudo: eles terem começado tocando as minhas músicas preferidas, as músicas que eu não gostAVA tanto assim (agora já adoro!), e até as duas músicas novas que o Amarante (FOFO!) pediu pra tocar.

Me arrepiei quando eles tocaram Conversa de Botas Batidas (principalmente quando o Camelo pediu pro baixista cantar a última parte) e quase choro quando eles cantam O Velho e o Moço e Sentimental.
O coração parou em A Flor, Retrato pra IaiáO Vencedor.
Morri de rir com o "Tema russo para problemas técnicos" e o "Tema para problemas técnicos na praia" do Amarante e quase tive vergonha de levantar a mão quando ele perguntou quem estava vendo o show deles pela primeira vez (como se só eu).
Meus olhos brilharam com os confetes e serpentinas jogados na hora de Todo Carnaval tem seu Fim e em Pierrot. Os papezinhos brilhavam voando pelo céu... Uma das coisas mais lindas que eu já vi.
Aí bateu aquela raiva por ter esquecido de levar a câmera fotográfica ¬¬

foto: revistanordestebrasil
Foram aproximadamente duas horas de show perfeito.
Alguns amigos disseram que não foi grande coisa. Mas pra mim, só de escutar as músicas depois de ter assistido àquele show, meus olhos enchem d'água.  
Nunca fui deles e nem sou. Mas uma coisa eu posso dizer: esse show vai ficar pra sempre guardado na minha memória e, quiçá, no meu coração.

Quem é mais sentimental que eu? ;p


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Então, pra terminar, um vídeozinho. Não foi aqui, mas arrepia do mesmo jeito.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Desocupada

Quem acompanha o meu blog, já leu as lamentações sobre a minha compulsão de preencher meu tempo e a minha consequente falta de tempo livre.
Quem convive comigo, já está cansado de ouvir essa mesma ladainha quase todos os dias.
Ouvir. Porque, escutar que é bom...

É como se ninguém prestasse
atenção no que você diz
Primeiro, vamos esclarecer a diferença entre ouvir e escutar para os mais leigos:
Ouvir - perceber os sons pelo sentido do ouvido
Escutar - ouvir com atenção

Quem lê o meu blog, também sabe que, às vezes, mesmo tendo um milhão de coisas pra fazer, eu acabo não conseguindo fazer nada e/ou deixando minhas obrigações para a última hora.

Então, chegamos na problemática do dia:
Uma coisa é você protelar as suas obrigações porque você "decidiu" não fazê-las. Outra coisa, completamente diferente e muito mais indignante, é você não poder se ocupar dos seu afazeres porque está fazendo favores para mil e uma outras pessoas.

Entendam. Se você deixa de fazer algo por opção sua, você está ciente de que aquilo foi culpa sua, logo já existe uma conformação prévia com as possíveis consequências não muito agradáveis provenientes da sua escolha equivocada. De uma certa forma, está "tudo bem".

É incrivelmente boa a sensação
de ter ajudado alguém
Entretanto, se você deixa de cumprir com os seus deveres por causa de outras pessoas... Bem, a primeira coisa que acontece é o mau humor. Depois vem aquela frustração e o sentimento de "puta que pariu, será que todo mundo acha que eu não tenho mais o que fazer?". Finalmente, chega a "última hora" e você simplesmente não consegue fazer o que tem que fazer porque já gastou todos seus neurônios e disposição naquela raiva e naqueles afazeres. Aí, você faz as suas coisas de qualquer jeito e fica com um super peso na consciência porque não fez antes, porque não teve forças para negar um favor e não sabe se fica com raiva de você mesmo ou da pessoa que hora nenhuma parou para imaginar a probabilidade de você não ser um desocupado.

Mas, é a vida, né? E como tudo que é inconveniente se repete, num outro dia de mil tarefas você vai acabar protelando tudo e quando não puder mais adiar, vai acabar adiando de novo pra ajudar alguém. Porque a vida é feita desses ciclos e, mesmo sentindo raiva em algum momento, é muito boa a sensação de ajudar uma pessoa que você gosta.