segunda-feira, 19 de março de 2012

It's brilliant!

Não é novidade para ser humano algum que eu tenho uma verdadeira fissura por séries de TV. Agora, um fato que nem todos sabem: (mini)séries britânicas são, de longe, as minhas preferidas. Também... Como resistir àquele sotaque?


O que, mais ou menos, aconteceu com o assunto de hoje: Doctor Who
Entretanto, meu interesse pela série surgiu por uma série de confusões. Primeiro, confundi com outra série. Depois, leigalmente, comecei a assistir achando que era de um jeito, quando, de fato, só passou a ser do jeito que eu pensei que seria muito tempo depois. Por fim, continuei a assistir para chegar até a parte esperada e não conseguir mais parar.

Doctor Who, ficção científica produzida pela BBC, é a mais longa série de TV já produzida e está, inclusive, no Guiness Book como a série com o maior número de episódios e histórias. Ela foi exibida de 1963 a 1989, ganhou um filme em 1996, voltou ao formato serial em 2005 e está no ar até hoje. E também foi a matriz para dois spin-offs (Torchwood e The Sarah Jane Adventures).

A 'caixa azul' ou simplesmente TARDIS
O personagem principal e que dá nome a série, "the Doctor", é o último dos time lords (senhores do tempo), vindo de Gallifrey, o grande planeta laranja consumido na Guerra do Tempo. Ele tem mais de 900 anos, usa uma screwdriver chave de fenda sônica como 'arma' (ela abre todo tipo de porta e fechadura, controla equipamentos eletrônicos, mas é inútil diante de madeira) e viaja pelo tempo e espaço em uma cabine policial londrina dos anos 60, sua TARDIS (Time and Relative Dimension in Space). Pequena por fora e grande por dentro (será que foi daí que surgiu o jargão para as propagandas de carro compacto?). 
Segundo o próprio Doctor, ele viaja sozinho. Entretanto, ele sempre tem uma companhia, ou melhor, uma companion, geralmente uma 'garota' com algo especial que tem a oportunidade de viajar pelo vórtice temporal, ajudando-o a salvar o universo, e principalmente a Terra.

Mas como a série pode estar no ar a 49 anos com o mesmo personagem? Simples! Ao todo, já foram 11 Doctors durante a trajetória da série com alterações totalmente explicadas pelo enredo da série: os time lords têm a capacidade de se regenerar para 'tapear' a morte. E durante a regeneração ele mudam totalmente de corpo e personalidade, mas a essência continua a mesma. Na versão de 2005 o papel foi desempenhado por Christopher Eccleston, David Tennant e Matt Smith - doctors 9, 10 e 11, respectivamente.

Desde 1963, já houve 11 Doctors
Outro aspecto interessante na série são as "participações" de personalidades históricas famosas em alguns episódios. The Doctor já 'visitou' Charles Dickens, a rainha Vitória, Madame de Pompadour, Shakespeare, Aghata Christie, Van Gogh, Winston Churchill e, muito brevemente, Hitler.

Serei sincera. No começo você assiste pela curiosidade mesmo. Chega até a ser um pouco difícil continuar a assistir. Mas a medida que a série passa você se apaixona, principalmente quando David Tennant entra. Quase chorei quando ele estava se regenerando e disse "I don't want go". Mas aí chegou o Matt Smith igualmente divertido e com os efeitos e tecnologias muito melhores, aí você não consegue parar de assistir.

Então... Allons-y assistir essa fantastic série com o brilliant Doctor. Geronimoooo....


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Mais sobre Doctor Who:

quarta-feira, 7 de março de 2012

Nomes compostos: uma crise de identidade

Afora os dramalhões mexicanos e em casos em que os primeiros nomes são curtinhos como Ana, Maria, João e Luís, ter nome composto pode gerar uma grande confusão.

Qual nome chamar? Como escolher? Falar os dois? Atender pelos dois?

No começo, é uma escolha...
Veja bem, meu nome é Luiza Carolina. Papai escolheu esses nomes sob a referência de duas músicas que ele gosta, a primeira de Tom Jobim, e a segunda de Chico Buarque. Lindo, não?
Enquanto eu era uma bela criança que só ficava em casa, todos me chamavam de 'Carolzinha'. Então, chegou o fatídico dia em que eu me tornei uma mocinha e comecei a frequentar a escola, onde as tias tinham por costume chamar-me pelo primeiro nome: Luiza. A partir de então, para não confundir a cabeça da pobre criança, minha família passou a adotá-lo também.

Passam-se anos e eu me acostumo totalmente com o nome Luiza ou simplesmente Luh. Identifico-me como Luiza, ajo como Luiza, apresento-me como Luiza, gosto de Luiza. 'Carol', 'Carolina' para mim passam a ser nomes de outras pessoas, ou apenas "o meu segundo nome", usado eventualmente seguido do primeiro nome em casos de repreensão. Ou seja, ouvir um "Luiza Carolina" nunca era um bom sinal.

...aí vira uma sobreposição...
Então, eis que surgem os amigos engraçadinhos que brincam de trocar e juntar os nomes. Consequentemente, tive que lembrar que "o meu segundo nome" também é o meu nome e passar a reconhecê-lo e ouvir os dois nomes juntos e não temer a represália.

Os anos passam e, já mais velha, surge outra situação. Os professores não chamam mais pelo primeiro nome; eles, agora, escolhem o nome que lhes agrada mais. Alguns ainda perguntam como você prefere ser chamada, enquanto outros não querem nem saber. Aí, se você tem só uma turma, tudo bem, eles lhe chamam pelo nome comum. Porém, se você faz cursos diferentes... Tem que se habituar a ser Luiza num canto e Carol no outro.

Interessante é quando surgem aquelas perguntas:
"Mas teu nome não é Luiza?"
"Tu é Luiza ou Carolina?"
"Luh, tu também é Carol?"
Ou, a melhor de todos
"Por que tu chama a Carol de Luiza?"

Aí você vê que não é mais apenas Luiza. Aos poucos você adquiriu algumas características de Carol e passou a ser um pouco ela também.

...pra depois virar uma confusão.
Atualmente, estou na situação em que não sei mais se sou e/ou quero ser Luiza, ou Carolina, ou simplesmente Luiza Carolina. Só sei que está cada vez mais difícil e complicado descobrir e decidir.